Se queres saber de mim não olhes os meus retratos julgando saber-me assim.
Se queres saber quem sou, não busque nas minhas respostas quando perguntas onde vou.
Se queres saber quem é esta que te sorri não olhe para a mulher.
Que não me saberás pelo sorriso, não me conhecerás pelas respostas.
Meus retratos são imprecisos, a cada dia traço novas rotas.
Se queres porventura, um dia, entender deste coração, olhe meus olhos primeiro: é neles que mora a poesia que me explica dia após dia e me mostra por inteiro.
Se queres saber-me de fato, recomendo-te menos cuidado, muito carinho, pouca fala, mais riso e tato, muito tato.
Débora Cristina Denadai
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