E tu vais assim, tão mansamente como chegaste
Nos lábios um sorriso, nos olhos uma dor.
No coração anseios de esperanças
Prenúncios de um novo futuro?
Certezas de outro amor?
E eu vou ficando por aqui olhando esse teu “INDO”
Vou saindo de ti e te perdendo de mim
Num desespero surdo e sem alento
Inerte e impotente, já chegando ao fim.
Quero reter-te, mas ainda assim não devo
Sei que precisas seguir o teu caminho
Já não tenho ilusões, mas quero que te lembres
De quem te ama e vai ficar sozinho
E se um dia voltares e me vires rindo
Não creias que por isso eu não sofri
Pois o palhaço chora sob a maquiagem
E por sobre o picadeiro...ele sorri.
Setembro/1995
Nenhum comentário:
Postar um comentário